Entender a sua conta de luz parece uma tarefa difícil, mas pode ser bem mais simples do que você imagina! Para saber como calcular o consumo de energia da sua casa ou empresa, você precisa entender alguns conceitos básicos. Assim, estará pronto para monitorar de perto a qualidade de energia e os gastos da sua conta.
No Brasil, existem diversas formas de gerar energia elétrica: hidrelétrica, eólica, solares, nucleares e as termelétricas.
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Para começar, entenda o que são as bandeiras tarifárias
Nós já falamos aqui no blog Reverde sobre as bandeiras tarifárias, mas é sempre bom relembrarmos para manter o conhecimento fresco. Então vamos lá!
As bandeiras tarifárias são como termômetros que te ajudam a saber o valor da geração de energia por mês e contribuem para você calcular o consumo de energia. As bandeiras indicam se a energia custará mais ou menos de acordo com as condições de geração de energia nas hidrelétricas.
Para exemplificar, podemos comparar os meses com as safras de alguma hortaliça. Quando a safra foi boa, significa que há muitas unidades daquela hortaliça, então você escolhe comprar em maior volume por um preço melhor. Agora, quando a safra não foi tão boa assim, os valores estão mais altos, o que faz com que você não leve tantas unidades dessa hortaliça para casa.
Cerca de 63,4% da energia gerada no Brasil é proveniente de hidrelétricas, esse tipo de energia vai dominar a geração de eletricidade do país até 2030, segundo dados obtidos pela GlobalData. Entretanto, esse tipo de geração de eletricidade depende de reservatórios de água de chuva e degelo, situação que fica bastante complicada em épocas de secas.
Quando a escassez de água atinge as hidrelétricas e a geração de eletricidade fica comprometida, é necessário captar energia de outros tipos de usinas, que geralmente são as termelétricas. Como já falamos, esse tipo de usina produz energia não renovável, ou seja, utiliza recursos finitos, que vão acabar um dia.
Por conta disso, em 2015 as bandeiras tarifárias foram criadas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para deixar mais transparente os custos que aparecem em sua conta de energia elétrica. Os custos não aumentaram, mas, desde então, aparecem mais explícitos para você entender o que está gastando!
As bandeiras tarifárias são divulgadas em três cores e elas sempre estarão na sua conta de energia. A presença delas não significa que você vai pagar mais, na verdade, é o contrário: elas aparecem para te ajudar a entender quando é hora de economizar mais para pagar menos! Entenda a classificação das cores:
Fonte: IDEC
Verde
A bandeira verde indica que as condições de geração de energia estão favoráveis, logo, não terá nenhum acréscimo na sua conta e você pode continuar com o consumo consciente de energia.
Amarela
Já na bandeira amarela, você precisa tomar um pouco mais de cuidado e rever alguns pontos de consumo, pois a geração de energia está menos favorável e há acréscimo de R$ 2,989 para cem quilowatt-hora (kWh) consumidos.
Vermelha
Na bandeira vermelha, o sinal é de extremo alerta! Você deve rever todos os pontos de energia para usar de forma consciente, pois os níveis de geração não estão favoráveis e a tarifa sofre acréscimo de R$ 6,500 para cem quilowatt-hora kWh consumido na bandeira vermelha de patamar 1. Já na bandeira vermelha de patamar 2, o acréscimo é de R$ 9,795 para cem quilowatt-hora kWh consumido.
Os valores foram reajustados no dia 21 de junho, entraram em vigor no dia 01 de julho e são válidos até junho de 2023. Essas classificações tarifárias são aplicadas aos consumidores cativos de energia, ou seja, aquele que não tem opção de escolher seu fornecedor de energia.
Antes da implementação das bandeiras, em 2015, os custos eram reajustados no final do ano para compensar os gastos do ano anterior. Porém, com essa classificação de bandeiras, você tem muito mais liberdade para monitorar seus gastos com a energia elétrica e traçar estratégias de economia.
Quanto custa o kwh em 2022?
Primeiro, vamos entender rapidamente o que é um quilowatt-hora (kWh). O kWh é uma medida de energia elétrica consumida por uma carga durante um determinado período, bem diferente do quilowatt (kW), que é uma medida de potência elétrica. Você pode entender melhor o que é o quilowatt-hora (kWh) e como calculá-lo.
Após a aprovação da ANEEL para os novos valores de cobrança por bandeira no dia 21 de junho, os valores passaram a ser:
Bandeira verde: continua sem aumento de tarifa
Bandeira amarela: passou de R$1,874 para R$2,989 a cada cem quilowatt-hora (kWh) consumidos, aumento de 59,5%
Bandeira vermelha patamar 1: passou de R$3,971 para R$6,500 a cada cem quilowatt-hora (kWh) consumidos, aumento de 63,7%
Bandeira vermelha patamar 2: passou de R$9,492 para R$9,795 a cada cem quilowatt-hora (kWh) consumidos, aumento de 3,2%
Desde abril de 2022, a bandeira verde está em vigor após passarmos por um período na bandeira “escassez hídrica”, criada excepcionalmente para a crise hídrica do ano passado. Essa bandeira vigorou de setembro de 2021 a abril de 2022.
O que é o medidor de energia elétrica e como usá-lo?
O medidor de energia, também conhecido como relógio de luz, tem a função de medir a energia de uma carga de forma mensal por meio dos quilowatt-hora (kWh). Eles são equipamentos essenciais para indústrias, comércios e residências, pois realizam a aferição da quantidade de energia consumida na rede. Então, para você que quer saber como calcular o consumo de energia, ele é um equipamento indispensável.
Com os avanços tecnológicos, os medidores de energia também passaram a calcular outros dados relevantes para análise e monitoramento mais completo, como por exemplo medição de tensão, corrente, fator de potência, controle de carga e visualização de perdas e roubo de eletricidade.
Basicamente, existem dois tipos de medidores: o eletromecânico e o eletrônico. Abaixo, entenda a diferença entre eles e saiba qual o melhor para cada caso de uso.
Medidor de energia eletromecânico: é caracterizado por um disco de metal de roda toda vez que passa uma corrente elétrica dentre suas bobinas. Dessa forma, é gerado um campo eletromagnético para esse tipo de medidor funcionar por meio de indução eletromagnética. Quanto mais rápido o disco gira, maior o consumo de energia e, embora ele seja um modelo antigo, como o disco gira somente quando há passagem de corrente, ele continua sendo eficaz. Esse modelo ainda é bastante utilizado em residências e edifícios comerciais.
Medidor de energia eletrônico: neste modelo, a aferição é feita de forma digital e, por ter uma tecnologia mais moderna, é considerado mais eficiente que o modelo eletromecânico. Apresenta mais exatidão nos dados que, inclusive, podem ser coletados a distância via modem e internet. Neste modelo, a aferição é dada por meio de sensores e conversores de sinais de parâmetro.
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Como calcular o consumo de energia da sua casa ou empresa
Entender como calcular o consumo de energia é muito importante para economizar com a conta de energia elétrica da sua residência, comércio ou indústria e pode te ajudar a prevenir possíveis sustos no valor da conta!
Muitas pessoas não sabem quanto um aparelho eletrônico consome de energia e isso faz com que utilizemos os aparelhos de forma inconsciente, gastando muito mais que o necessário.
Para saber como calcular o consumo de energia em kWh de qualquer equipamento, basta multiplicar a sua potência em Watts (W) pelo tempo de uso em horas (h) e dividir o resultado por 1.000.
Exemplo: uma churrasqueira elétrica de 300 Watts (W), ligada por 5 horas, irá consumir 1.500 Watts (W), equivalente a 1,5 quilowatt-hora (kWh).
Por lei, os fabricantes de aparelhos eletrônicos precisam deixar bem visível a potência de cada aparelho, seja em manuais ou embalagens. Então, para calcular o consumo de energia, você precisa encontrar esse valor.
Depois, é só multiplicar esse consumo diário pelos dias do mês para calcular o consumo elétrico mensal do equipamento.
Exemplo: em 30 dias, a churrasqueira elétrica consumiu 45 quilowatt-hora (kWh).
O último passo é saber quanto você vai gastar por mês para alimentar esse aparelho. Depois das primeiras contas, basta multiplicar o consumo mensal do aparelho, por exemplo a churrasqueira elétrica, em quilowatt-hora (kWh) pelo valor da tarifa de energia da sua distribuidora, que você encontra na conta de energia.
Aprenda a calcular o consumo dos principais aparelhos
Os produtos mais modernos estão sendo fabricados com otimizações de eficiência energética, como você pode ver nos adesivos encontrados nas embalagens que mostram gráficos nas cores verde, amarelo e vermelho. Veja abaixo como calcular o consumo de energia dos aparelhos mais comuns numa residência.
Geladeira
Esse é um aparelho eletrônico que precisa estar ligado quase o tempo todo, não é mesmo? Então, por regra, os fabricantes já devem deixar visível na embalagem ou manual o consumo mensal da geladeira. Após encontrar esse valor, basta multiplicar pela tarifa de energia que você encontra na sua conta. Veja no exemplo:
Geladeira duas portas, com consumo mensal de 54 quilowatt-hora (kWh), a uma tarifa de R$0,80: 54 quilowatt-hora (kWh) x R$0,80 = R$43,20/mês
Chuveiro elétrico
Já percebeu que sua conta varia de preço no inverno e no verão? Isso se dá por conta da temperatura do chuveiro que oscila nas estações: água mais quente no inverno e mais fria no verão.
Neste caso, o fabricante também deve deixar claro no manual ou embalagem a potência do chuveiro para cada operação, seja no modo inverno ou no modo verão. Encontrando esse dado, basta multiplicar a potência pelo consumo diário em horas. Veja no exemplo:
Chuveiro com potência de 4.500 Watts (W), utilizado 30 minutos (0,5 hora) por dia, durante os 30 dias do mês: (4.500) x (0,5 x 30)/1.000 = 67,5 quilowatt-hora (kWh)
Utilizando o mesmo valor de tarifa do exemplo anterior, R$0,80, você pagaria R$54 apenas com o consumo do chuveiro.
Máquina de lavar roupa
Os fabricantes desse tipo de aparelho também costumam disponibilizar o consumo de energia por ciclo de lavagem, que pode variar entre 0,35 quilowatt-hora (kWh) e 0,70 quilowatt-hora (kWh). Vejo no exemplo como calcular:
Máquina com consumo de 0,50 quilowatt-hora (kWh) por ciclo, utilizada três vezes por semana em um mês: 0,50 quilowatt-hora (kWh) x 3 usos x 4 semanas = 6 quilowatt-hora (kWh) de consumo no mês.
Utilizando o mesmo valor de tarifa do exemplo anterior, R$0,80, você pagaria R$4,80 pelo consumo do lava roupas.
TVs e Smart TVs
Alguns fabricantes já apostam em modelos mais econômicos, como OLEDs e QLEDs, e esses dados de consumo também se encontram nos manuais e embalagens.
Para fazer esse cálculo, basta multiplicar a potência do aparelho em Watts (W) pela quantidade de horas diárias e dias de uso do aparelho no mês e, depois, dividir o resultado por 1.000.
Notebooks e computadores
Esses são aparelhos que também são enviados pelo fabricante com a informação do consumo de energia em kWh. Então, basta multiplicar esse valor encontrado nos manuais ou embalagens pelo tempo de uso no mês.
Ar-condicionado
O primeiro passo para calcular o consumo de energia deste aparelho é saber a quantidade de BTUs do aparelho. Vamos utilizar como exemplo um aparelho de 10.000 BTUs com potência de 1.4kW (1.400W), ligado 8 horas por dia, durante 30 dias do mês. Veja no exemplo abaixo: 1,4 x 8 x 30 = 336 quilowatt-hora (kWh)
Ainda utilizando a tarifa dos exemplos anteriores, R$0,80, o gasto mensal com esse ar-condicionado seria de R$268,80.
Ferro de passar roupa
Esses também são aparelhos enviados pelo fabricante com a informação da potência. Então, basta multiplicar esse valor encontrado nos manuais ou embalagens pelo tempo de uso no mês.
Quais são os aparelhos que mais consomem energia?
Fogão elétrico
Chuveiro elétrico
Torneira elétrica
Secadora de roupas
Forno elétrico
Máquina de lavar louça
Forno de micro-ondas
Ar-condicionado
Aspirador de pó
Máquina de lavar roupa
Ferro de passar roupa
Dicas para economizar energia elétrica
Nós já demos 20 dicas básicas que vão te ajudar a economizar energia. Basicamente, são elas:
Pagar a conta em dia e não perder prazos que acarretam em juros;
Aproveitar a luz natural para iluminar os ambientes ao máximo;
Escolher cores claras para pintar as paredes e iluminar o ambiente;
Trocar lâmpadas incandescentes e fluorescentes por lâmpadas de LED;
Gastar menos tempo no chuveiro;
Evitar a troca de calor na geladeira;
Passar roupa quando for essencial, diminuindo o uso desse aparelho;
Trocar eletrodomésticos antigos por modelos mais novos;
Tirar aparelhos da tomada quando não estiver usando;
Instalar sensores de presença e temporizadores;
Investir na geração distribuída de energia elétrica.
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