A geração distribuída de energia elétrica, facilitada a partir da publicação da Resolução Normativa Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nº 482/2012, tornou-se um importante recurso para garantir o acesso à energia elétrica no Brasil.
Isso significa que “o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade”, conforme a agência.
O objetivo é promover um fornecimento mais barato e eficiente, aproximando a produção das unidades consumidoras.
Mas você sabe exatamente como funciona a geração distribuída e que benefícios ela gera para os consumidores e também para o meio ambiente e poder público?
Continue lendo este artigo, que vai tirar as principais dúvidas sobre esse tema tão importante.
O que é geração distribuída de energia?
A geração distribuída é a produção de energia realizada em mini ou microgeradores, por consumidores, para abastecer e gerar créditos dentro do próprio sistema de abastecimento.
Antes de 2004, quando foi publicado o Decreto-Lei n.º 5.163, existia apenas a geração centralizada de energia. Assim, apenas os grandes geradores, como hidrelétricos e termelétricos poderiam fazer esse fornecimento.
Desde 2012, com a regulamentação da prática, a geração distribuída tornou-se mais acessível à população.
E em março deste ano, conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a produção por meio da GD atingiu capacidade de abastecimento de 20 milhões de brasileiros. Ao todo, são mais de 10 gW (gigawatts) de potência.
Como funciona a geração distribuída?
No modelo de geração distribuída, a produção de energia é feita por meio de placas solares, geradores e com usinas eólicas ou hídricas, instaladas em residências ou estabelecimentos.
Essa energia é revertida para o sistema de abastecimento das empresas concessionárias de energia, que captam e transformam o equivalente produzido em créditos para os consumidores-produtores.
Esses créditos vão gerar compensações nas contas de energia desses consumidores.
Mais recentemente, a Aneel aprovou novos critérios para a contratação de energia, que agora poderá acontecer por meio de chamada pública de geração distribuída.
Isso significa que os mini e microgeradores de energia poderão ser utilizados como recurso de menor custo para a expansão da rede elétrica.
Em 2022, foi aprovado também o Marco Legal da GD, que ainda será regulamentado pela Aneel.
O que é geração centralizada e distribuída?
Bem, o modelo de GD surgiu em oposição ao modelo já existente, de geração centralizada, que é o modelo tradicional que já conhecemos.
A geração centralizada funciona com as grandes termelétricas e hidrelétricas produzindo um enorme volume de energia que é distribuído a toda a rede consumidora.
Contudo, um dos problemas da existência exclusiva desse formato é o alto custo, necessidade de uma extensa rede de distribuição e, consequentemente, relativa frequência de problemas técnicos e interrupção no fornecimento.
Quais os tipos de geração distribuída?
Atualmente, são considerados oito modelos, conforme a resolução Nº 482 da Aneel.
microgeração distribuída
minigeração distribuída
sistema de compensação de energia elétrica
melhoria
reforço
empreendimento com múltiplas unidades consumidoras
geração compartilhada
autoconsumo remoto
Elas variam entre si de acordo com a forma como a energia é gerada e de que forma ela é utilizada pela unidade produtora/consumidora e pela rede de energia, de forma mais ampla.
A Geração Distribuída no Brasil
Embora em outros países o método já fosse comum, no Brasil o modelo passou a ser admitido em 2004 e tornou-se mais simples e ganhou melhor regulamentação em 2012.
Em 2008, as primeiras unidades foram instaladas no país e começaram a integrar a rede de abastecimento.
Atualmente, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são o que possuem maior quantidade de pontos de geração distribuída.
Os benefícios da geração distribuída para o Brasil
Conforme a própria Aneel, há diversos benefícios na implantação do sistema no país, principalmente ajudando na ampliação do abastecimento para locais mais distantes, levando em consideração as dimensões do país.
No momento, (junho de 2022), há unidades em praticamente todos os municípios brasileiros, mais de 5400.
Além disso, sendo o Brasil um país com grande potencial para a geração de energias limpas como a solar e eólica, os custos acabam sendo reduzidos e os benefícios compensam os investimentos.
Benefícios e vantagens da Geração Distribuída
Além de ser um modelo sustentável de geração de energia, o sistema garante inúmeros benefícios tanto para quem produz quanto para toda a rede.
A Aneel informou, por exemplo, que o investimento na GD reduz gastos com manutenção e reparos e garante maior vida útil à rede, evitando a necessidade de reforços constantes.
Além disso, o modelo reduz perdas de energia da rede, melhora o perfil da tensão, aumenta a confiabilidade do sistema e reduz a sobrecarga de alimentadores.
Tudo isso gera menos custos às concessionárias e, consequentemente, ao consumidor.
A quantidade de sistemas de geração distribuída instalados no Brasil
Em todo o país, de acordo com dados da Aneel, em junho de 2022 havia mais de 1.018.700 pontos de geração distribuída no país, com mais de 11 mil gigawatts de potência. As unidades estão em mais de 5400 municípios brasileiros.
Incentivos para a geração distribuída no Brasil
Diante da importância de investimento na geração distribuída, diversos pontos podem ser destacados como incentivo a esse modelo.
Além do benefício direto de redução dos custos na energia elétrica, o modelo é limpo e sustentável, diversifica as matrizes energéticas do país, promove geração de emprego e renda e impulsiona a economia.
O potencial de crescimento da geração distribuída
O crescimento tem sido exponencial e as fontes de recursos renováveis para geração de energia - como solar e eólica - contribuem para que o país continue avançando.
Para se ter uma ideia, 2021 foi o ano recorde de investimento em geração distribuída no país, com mais de 400 mil unidades instaladas.
Este número foi praticamente o dobro do registrado no ano anterior.
ProGD: Portaria 538/2015
A Portaria 538, publicada em 2015, criou o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), com diversos objetivos de incentivo à GD no Brasil.
O texto destaca pontos como:
I - promover a ampliação da geração distribuída de energia elétrica, com base em fontes renováveis e cogeração;
II - incentivar a implantação de geração distribuída em:
a) edificações públicas, tais como escolas, universidades e hospitais; e
b) edificações comerciais, industriais e residenciais.
Desde então, como citamos acima, o governo federal tem criado diversas formas de incentivo à instalação e ampliação dos modelos.
Como fazer parte da Geração Distribuída?
Deu para ter uma ideia de como o sistema é positivo não apenas para a rede de distribuição de energia, mas também para o meio ambiente e para os consumidores, não é?
E você pode aderir ao modelo de geração distribuída mesmo na sua casa ou estabelecimento comercial, com a instalação de placas solares, por exemplo, ou outros modelos de investimento em energias renováveis.
Atualmente, os custos estão reduzidos e é possível ter um bom retorno de economia na conta de luz.
Como funciona a solução da Reverde
Mas se você acredita que esse modelo não atende bem às suas necessidades, a Reverde possui uma formato diferente para você aderir ao modelo de geração distribuída.
Além de mais econômicos, os planos oferecidos pela Reverde têm a grande vantagem de dispensar a instalação de placas solares ou sistemas de outro tipo.
Assim, eles podem ser assinados 100% online, já que esse é um dos principais empecilhos para o investimento no modelo.
E como esse sistema funciona? Ao assinar um dos planos, você passa a integrar uma cooperativa de produção de energia limpa. Você terá, assim, créditos em seu nome quanto à produção de energia que serão “abatidos” da sua conta.
Além da economia, você vai aderir a uma alternativa sustentável e de proteção ao meio ambiente.
Conclusão
Vamos então retomar alguns pontos importantes sobre geração distribuída?
Neste artigo você entendeu que o modelo de geração distribuída consiste em uma forma de descentralizar a produção de energia elétrica, garantindo mais autonomia aos consumidores.
Seja em unidades residenciais ou comerciais, é possível instalar pontos de geração de energia que além de gerar economia ao consumidor, garantem diversas melhorias para a rede de distribuição energética do país.
Além disso, você conheceu mais sobre os benefícios da GD e como o modelo tem crescido significativamente no país. Um dos pontos positivos secundários é o incentivo à economia e a geração de emprego e renda no setor.
Além disso, você ficou sabendo melhor como fazer parte da geração distribuída, contribuindo para uma rede de abastecimento mais sustentável e com benefícios ao seu bolso e ao meio ambiente!
Sobre a Reverde: a Reverde é representante de uma cooperativa que produz energia limpa e mais barata do que a cobrada pela sua distribuidora de energia.
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